Por todo o lado onde se circule já cheira a Natal. São as iluminações das cidades, a movimentação das pessoas nas ruas e as montras das lojas alusivas a esta quadra. Um momento único no ano em que parece possível aceder a quase todos os desejos que inconscientemente guardámos durante meses e que têm agora uma possibilidade de se manifestar.

A maior parte das pessoas está focada em procurar satisfazer os desejos dos mais próximos, daqueles de que mais gosta na sua vida. Frequentemente é a oportunidade para reconexão das famílias e amigos que durante 12 meses andaram numa corrida, na “Corrida da Vida”, sem tempo para nada. Pensar nos presentes de Natal é essa forma de reconexão. Dentro do nosso orçamento, queremos encontrar o melhor e mais adequado presente para cada um. Pensamos mais nos outros do que em nós mesmos. Não há tempo para nós. Mais uma vez. Isto fica bem claro quando alguém nos pergunta: “o que é que queres para o Natal?” E nós nem sabemos responder. Depois ficamos surpreendidos com os presentes que abrimos na noite de 24. Quem nunca recebeu uns pares de meias ou cuecas, produtos de limpeza ou outras coisas do género, quando na verdade, lá no intimo, desejávamos outra coisa? Nitidamente presentes de última hora, porque nem sabiam bem o que nos dar.

Porque é que isto aconteceu? Conseguimos perceber o que se passou? Basta olharmos para as crianças. Certamente elas foram muito mais eficazes a produzir Resultados do que nós. Podemos vê-las à nossa volta com o que queriam mesmo naquele Natal. Felizes e ofegantes sem saber com o que hão-de brincar primeiro. Mais uma vez o Pai Natal acertou mesmo em cheio. O que elas fazem e que nós adultos deixámos de fazer foi PEDIR. As crianças pedem o que querem. Pedem porque acreditam sem qualquer dúvida que ao escreverem aquela carta ao Pai Natal, ele lhes concede todos os seus desejos. Mesmo que não se tenham portado 100{c292ab8d793a6d3624dede3870d9b9ecc1173119d88d283a104e05d423252593} bem durante o ano. A força da intenção no pedido, feito com a energia do entusiasmo e da alegria, suplanta tudo isso. Remove todos os obstáculos, elimina todas as barreiras. Elas mantêm um Foco determinante. Podemos perguntar-lhes cem vezes o que querem e elas conseguem responder sempre a mesma coisa e pela mesma ordem. Persistência no mais alto nível acompanhada de uma Paciência infinita para esperar que tudo aconteça na noite certa. Estas são algumas das grandes diferenças entre as crianças e os adultos.

Agora, por momentos, liberta a tua imaginação. Se soubesses que o Pai Natal existia, o que lhe pedias? O que pedias para a tua vida neste momento? Qual seria a intenção e a força inerente ao teu pedido? Como irias gerir os teus pensamentos e as tuas emoções todos os dias, canalizando essa energia para aquilo que pediste? Que nível de compromisso, disciplina e determinação irias manter quotidianamente? O quão disponível estarias para sacrificar algumas coisas em prol do que queres, persistires todos os dias e esperares com uma paciência infinita que o teu pedido seja atendido pelo Pai Natal?

Estas são perguntas poderosas que a maioria não faz a si mesmo. Muitas vezes porque já não acreditamos em nada, quanto mais no Pai Natal. Uma coisa é certa, só vais receber da vida aquilo que lhe pedires. Quando o fizeres tem atenção à qualidade desse pedido. Tem que ser para o teu bem e de todos que estão à tua volta. Tem que estar energizado com o poder das tuas emoções. Pensamentos (ou desejos) não emocionalizados não têm energia suficiente para mover as forças do Universo a teu favor. Cria uma imagem mental e visualiza diariamente o que queres e sente-te a viver já com isso na tua vida. Essa é a forma de comunicares com o Pai Natal, sintoniza-te na mesma frequência que ele utiliza para receber os pedidos das crianças. Neste Natal liberta a criança que há em ti e pede-lhe com a mesma inocência, com a mesma pureza. Com um coração cheio de amor.

Feliz Natal Ohohohoh

Ricardo Laranjeira & Cristina Gonçalves