Storytelling

O cirurgião de textos

IMG_0174 O gaúcho James McSill (já que nasceu no extremo sul do Brasil), tornou-se conhecido graças a seu trabalho como ‘story consultant’, cirurgião de textos, palestrante e assessor literário. Desde há muito que James auxilia escritores que sonham em escrever livros de sucesso tanto junto do público como dos críticos literários. Apoia novos autores a darem os primeiros passos em suas carreiras, bem como empresas a incorporarem princípios de storytelling como instrumento de gestão, enriquecimento e manutenção da identidade corporativa.

Esta é, na essência, a profissão deste, como se define, ‘gaúcho-luso-brasileiro-britânico’ de 56 anos. Com uma parte da família com origem portuguesa, cresceu na Escócia e hoje está radicado na Inglaterra, onde tem um dos seus estúdios, em Yorkshire. É um dos poucos consultores de “estória” trilíngues no mundo. Graduou-se no Brasil em Línguas e Literatura; no Reino Unido, fez Mestrado em Design e Produção de Material Literário e estudou administração de negócios. Hoje, James McSill é um dos únicos consultores de estória a ganhar o prestígio de celebridade. Sobretudo, devido a seu extenso conhecimento do assunto e capacidade de comunicação. Nos últimos anos, tem-se tornado presença obrigatória em grandes eventos que envolvem storytelling e desenvolvimento de novos autores. Tornou-se num dos consultores literários mais bem-sucedidos e experientes do mundo com o seu trabalho que abrange a Europa, América Latina e América do Norte.

“Vou aonde as línguas que falam me levam,” diz James. Além de inglês, português e espanhol, que fala com desenvoltura, prepara-se para dar palestras em italiano e para conversar informalmente com futuros clientes asiáticos.

James McSill é diretor da McSill Ltd, Literary Management and Consultancy, no Reino Unido, como também, do Estúdio de Consultoria em Storytelling, do Book-in-a-box Club, que cuida de mentoring de jovens autores, edição eletrónica, da produção de livros pelo sistema “Prêt-a-lire” e formações “virtual-presence” em 2D e 3D, de que foi pioneiro, a partir de seu estúdio de Yorkshire e da McSill Agency, em São Paulo, Brasil.

No Brasil, James tem-se destacado como palestrante convidado para grandes congressos corporativos, como os eventos da ABTD, CRIARH, ESRAH, ABRH, além de despontar como formador de referência de Storytelling em Portugal. Além do Storytelling Group Brasil, de que participam alguns dos melhores palestrantes e formadores brasileiros, James conta com o Storytelling Group Portugal e com os incipientes Storytelling Group México, Storytelling Group Italy, Storytelling Group America e com a prestigiada The One Agency no Reino Unido.

James trabalha ainda com um selecto grupo até 20 autores/escritores ao ano na produção de material adequado à publicação e expansão de carreiras.

James estará em Lisboa pela quarta vez, no fim de semana de 2 e 3 de Novembro, compartilhando suas experiências no mundo da literatura na Maratona de Imersão Literária (Write-In Lisboa). O consultor aplica, em suas palestras e aulas, conhecimento, didática e irreverência, uma receita que tem-se mostrado eficiente, já que as inscrições para seus cursos esgotam-se rapidamente, em todos os cantos do planeta. Ele coordenará a ‘Maratona’, destinada a escritores de ficção, autodesenvolvimento e a empresários que pretendam saber mais sobre ‘como funcionam as estórias’, que vão descobrir estratégias para a produção de textos apreciados por agentes e editoras e aprender, na prática, a estruturar um protótipo de um livro comercial.

 

Proprietário de empresas ligadas à indústria literária e consultoria em Londres e Yorkshire, no norte da Inglaterra, James está à frente da McSill Story Studio (que tem parcerias com estúdios de Hollywood) e, ainda, da agência literária internacional em São Paulo, sendo representante para a América Latina e Península Ibérica do prestigiado BritWriters’ Awards. Atualmente, está ampliando o seu bem-sucedido sistema de treinamento remoto para jovens autores, chamado Book in a Box.

 

“Eu me proponho a ser o amigo que vai dar no texto do autor uma chibatada crítica. Sou apenas um ‘estruturalista’, cirurgião de texto, e não um crítico literário. É a opinião de alguém que lê de tudo, que gosta de opinar e de embasar as suas opiniões. Que gosta, também, de apontar caminhos e de ver o texto como uma obra que quer ser publicada.”

“Storytelling is a mean for sharing and interpreting experiences. Stories are universal in that they can bridge cultural, linguistic, and age-related divides. Stories mirror human thought as humans think in narrative structures and most often remember facts in story form.“

 

James nasceu nos arredores de uma colónia inglesa, perto de Pelotas (Rio Grande do Sul – Brasil). Ainda em criança mudou-se com a família para a Escócia. Voltou para estudar Línguas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e, após a formatura, fez pós-graduação no Reino Unido e ganhou o mundo. Foi educador, conferencista na área de ensino de idiomas e consultoria e trabalhou com análise, criação de livros e dicionários, até que, no fins dos anos 1980, passou a atuar como tutor de autores. Hoje, trabalha ainda com agentes e editores mundialmente reconhecidos, como Ken Atchity, Mardeene Mitchell e Richard Krevolin, entre outros.

 

O grande desafio para os escritores, especialmente aqueles que estão começando, diz James McSill, é responder à seguinte questão:

  • Você poderia escrever uma primeira página que me levasse a querer virar a folha para ler uma segunda?

 

“O autor quer criar uma narrativa que todos, ou ao menos muitos no segmento para o qual escreve,

gostem e que fiquem implorando por outras histórias como aquela.”

 

Três dicas de James McSill

  1. O essencial para ser um escritor é aprender a estruturar uma história e ter a paciência para reescrevê-la várias vezes, até ficar pronta.
  2. O primeiro esboço de uma trama tem que emocionar o autor. Já os rascunhos subsequentes têm de ser trabalhados nos mínimos detalhes para emocionar o leitor, os críticos e aqueles que nos são indiferentes. Não os que nos amam, porque esses vão gostar de qualquer forma.
  3. O mercado literário nunca esteve tão bom. Esta é a hora de publicar seu livro, quer por meios regulares ou alternativos.

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