6ª Etapa
Visão e Propósito de vida – Para que estou aqui?
Nesta etapa abordamos um nível neurológico bem superior aos outros todos – A minha função no mundo: o significado maior da vida. A tua função é o teu próprio caminho. É o que vais escolhendo, através de um conjunto de potencialidades que te vão sendo propostas ao longo da vida. É a forma como decidiste fazer o filme da tua vida.
Este é o nível que transcende o indivíduo, remetendo-nos para a nossa ligação com os outros, com o Sistema Maior (Humanidade, responsabilidade social, organizações, famílias) e com o nosso propósito de vida.
Todo o ser humano tem um desejo natural de se manifestar no mundo. Mais do que a conquista da fama ou sucesso na sociedade. Tem a ver com uma forma de expressar que lhe dê uma real satisfação. Pode ser constituir família e criar filhos, pode ser liderar uma empresa, talvez cuidar de animais seja o desejo do seu coração, ou pode ser que expressar um determinado tipo de arte lhe pareça natural. No momento que responde a esse anseio, sente-se realizado.
O propósito podemos expressá-lo neste contexto, como algo que represente e inspire uma visão e intenção positiva do futuro. Um
propósito não significa necessariamente grandes projetos ou ações extraordinárias: criar filhos e educá-los positivamente, ensinar jovens, consolar pessoas em fases de transição, trazer alegria à vida de outros, são exemplos de propósitos simples mas muito valiosos. Quando estamos alinhados com o nosso propósito paramos de nos preocupar tanto com as questões banais da vida e ocupamo-nos mais do presente. Tudo passa a ter um significado maior, rimos mais, vivemos mais felizes, realizados e conseguimos estar num estado de otimismo sustentável. Passamos a ser pró-ativos e não nos deixamos mais perturbar por ambientes, pessoas, comportamentos pois sabemos que estamos nesta vida para algo maior e isso é a nossa motivação principal.
Curso Evolução Pessoal – 6
Objetivo
Identificar o que poderá ser o teu Propósito de Vida. Raramente descobrimos o nosso Propósito de repente, vamos é aproximando-nos e ajustando experiências até lá chegar.
Tarefa
Toma algum tempo só para ti, sem interrupções e responde às seguintes questões:
- Quais são as coisas mais importantes da tua vida?
- Muitas vezes damos como certas, coisas que temos nas nossas vidas, até ao dia em que desaparecessem. O que poderia ser doloroso se deixasse de existir na tua vida (pensa ao nível do fazer, ter e ser)?
- O que és e fazes especialmente bem que é reconhecido pelos outros? (pode ajudar a informação que recebeste nos SMS’s dos teus amigos na Etapa 5).
- Que tipo de coisas te estimulam e te dão grande entusiasmo? Coisas que poderias fazer naturalmente e com prazer durante toda a vida.
- O que falta na tua vida? Do que é que sentes mais necessidade como ser humano?
- Quais são as necessidades dos outros em que tu és bom a ajudar? Em que área pensas que poderias dar o teu contributo para um mundo melhor?
- O que gostarias de fazer para te considerares completamente realizado?
- Se tivesses todo o dinheiro que necessitas, o que mudarias na tua vida e o que não mudarias?
Solução
Ter um propósito de vida é essencial. Sem ele vivemos sem sentido e podemos entrar num processo de desânimo, perdendo a alegria, energia e vontade de viver.
Uma pessoa com consciência do seu Propósito é capaz de formular objetivos alinhados com o seu verdadeiro ser. O seu Propósito é aquilo que dá sentido à sua existência. É a fonte da paz, do brilho e da realização interior. Conhecer o teu Propósito possibilita que desenvolvas todo o teu potencial.
Não há dinheiro, sucesso, beleza ou qualquer outro valor que possa substituir o tesouro de ter conexão com o nosso propósito.
Quando estás a cumprir o teu propósito, o trabalho deixa de ser trabalho e passa a ser prazer porque desfrutas cada momento do que acontece.
Exercício
Utilizando as informações que foste evidenciando ou descobrindo na Tarefa anterior, utiliza-as agora para elaborares as seguintes listas:
- Lista dos teus Valores – Identifica quais são os teus principais Valores. Encontra pelo menos 5 (podes ir buscar muitas informações às respostas das perguntas 1 e 2 da Tarefa aqui acima).
- Lista dos teus Dons e Talentos – Escreve quais são os teus maiores talentos. Alguns podem até ser considerados “dons naturais”. Lista não só aqueles que reconheces facilmente em ti mas também as qualidades pelas quais os outros te elogiam frequentemente e por vezes nem ligas (podes ir buscar mais informações à resposta da pergunta 3 da Tarefa aqui acima).
- Lista das tuas Paixões – Lista agora quais são as principais coisas que te apaixonam na vida. As atividades que te dão mais prazer, aquelas que te expandem, que ao fazeres em vez de te consumirem energia, trazem-te ainda mais (podes ir buscar mais informações à resposta da pergunta 4 da Tarefa aqui acima).
- Lista das Necessidades – Regista aqui quais são necessidades dos outros em que tu não só és bom a suprir como tens prazer em o fazer. É aquela área em que tu dás de ti como contribuição para um mundo melhor (as respostas à pergunta 6 na Tarefa podem conter mais informações que ajudem).
Imagina que cada lista estava contida num destes círculos aqui ao lado, tal como se apresentam. Num papel dispõe os círculos na ordem que faça mais sentido para ti e com a respectiva lista. Como podes perceber os círculos intersectam-se uns com os outros.
O teu Propósito de Vida está bem no centro de tudo, onde todos se cruzam, onde existem mais coisas em comum com todas as listas. Intuitivamente deixa que te chegue, agora ou nos próximos tempos, a resposta sobre qual poderá ser o teu Propósito de Vida.
Conclusão
Estamos num nível em que não há receitas mágicas. Cada um tem uma forma muito específica de chegar lá. Assim, em vez de tirarmos conclusões vamos deixar que tu mesmo as tires. Para isso, trazemos-te uma história que ilustra bem o que este tema do Propósito de Vida pode representar enquanto se busca e quando se encontra.
“Imagina um martelo. Ele foi desenhado para bater em pregos. Foi para isso que ele foi criado. Agora imagina que o martelo nunca é usado, fica jogado na caixa de ferramentas. O martelo não se importa.
Agora, imagina o mesmo martelo com uma alma, com consciência própria. Dias e dias passam e ele continua na caixa de ferramentas. Ele sente-se meio estranho, mas não sabe exatamente porquê. Alguma coisa está a faltar, mas ele não sabe o que é.
Então um dia alguém o retira de dentro da caixa de ferramentas e usa-o para quebrar alguns galhos para a lareira. O martelo fica cheio de alegria. Ser segurado, utilizado com eficácia, bater nos galhos. Ele ama aquilo. No final do dia, entretanto, ele ainda se sente insatisfeito. Bater nos galhos foi divertido, mas não era o bastante. Algo ainda estava a faltar.
Nos dias seguintes, ele foi usado frequentemente. Partiu uma noz, despedaçou algumas pedras, colocou o pé de uma mesa no lugar. Ainda assim, continua insatisfeito. Ele anseia por mais ação. Ele quer ser usado o máximo que puder para bater nas coisas à sua volta, para partir e despedaçar coisas. Ele descobre que não experimentou o bastante desses eventos para sentir-se completo. Ele acredita que continuar a fazer essas mesmas coisas, é o motivo para a sua insatisfação.
Então um dia alguém usa o martelo num prego. De repente, uma luz invade a alma do martelo. Ele agora entende para que foi verdadeiramente projetado. Foi feito para bater em pregos; que não tinha nem comparação com as outras coisas que ele tinha batido até então. Agora ele sabia o que sua alma de martelo estava à procura há tanto tempo…”
A recordar
Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda
Uma vida não questionada não merece ser vivida
Carl Jung e Platão
Boas reflexões
Cristina Gonçalves e Ricardo Laranjeira
Nota: Dentro de 72 horas recebes o próximo email com novas instruções para a próxima etapa do Curso 7 Níveis para Evolução Pessoal.