Os estados de ansiedade podem ser gerados por inúmeras causas, desde as mais profundas até às mais corriqueiras. Podem durar uma vida inteira ou apenas alguns minutos. Podem resolver-se facilmente ou prolongar-se no tempo sem solução à vista. Um dos estados de ansiedade com uma das causas mais simples, prende-se com o adiar a tomada de uma decisão que é importante para o nosso bem-estar, para o nosso futuro, para a nossa felicidade.
Ao longo da vida iremos nos sentir inúmeras vezes como se estivéssemos perante uma encruzilhada. Dois ou mais caminhos abrem-se à nossa frente e não fazemos nenhuma ideia de qual seguir. Cada um deles nos irá conduzir a destinos diferentes, nos irá trazer aprendizagens diferentes. Alguns poderão até nos afastar do que realmente procuramos: felicidade, realização, paz, alegria, abundância.
A tensão pela decisão mais certa para nós naquele momento cresce a medida que adiamos a mesma. A ansiedade também. Será que escolherei bem? E se não for este o melhor caminho? E se me enganar? E se me arrependo no futuro? Estas são as perguntas mais frequentes que inundam a nossa mente e que farão aumentar inevitavelmente os estados de ansiedade.
Acordar todos os dias com a sensação de que é preciso continuar a caminhar mas não saber para onde ou não ter a coragem de decidir qual a direção certa naquele momento, irá despertar em nós o medo de errarmos, o medo de falharmos, o medo de nos arrependermos. Todos estes medos despoletados em simultâneo conduzirão a um estado de ansiedade que é temporário até ser feita a escolha.
Decidimos então partilhar contigo uma história do livro Maktub de Paulo Coelho, que esperamos te seja útil para sair da encruzilhada onde te encontras.
“A encruzilhada é um lugar sagrado. Ali, o peregrino tem de tomar uma decisão. Por isso, os deuses costumam dormir e comer nas encruzilhadas. Onde as estradas se cruzam, concentram-se duas grandes energias – o caminho que será escolhido e o caminho que será abandonado. Ambos se transformam num caminho só – mas apenas por um pequeno período de tempo. O peregrino pode descansar, dormir um pouco, até mesmo consultar os deuses que habitam as encruzilhadas. Mas ninguém pode ficar ali para sempre: uma vez feita a escolha, é preciso seguir em frente, sem pensar no caminho que deixou de percorrer. Ou a encruzilhada transforma-se em maldição.”
Para saber mais sobre como lidar com a Ansiedade leia o nosso livro “Viver sem Ansiedade”
Cristina Gonçalves e Ricardo Laranjeira – Autores, Formadores e Coaches